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sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Porsche GT3 RSR: em grande estilo


Caso você não tenha muita familiaridade com nomes de fabricantes japoneses de pneus, a Falken tem sido a primeira opção para calçar muitos carros na cena de drifting por várias razões. Agora, a empresa sente que é hora de falar sério e amadurecer. Ela inscreveu este Porsche 911 GT3 RSR modelo 2008 na American Le Mans Series (ALMS).

O benefício dessa ação é que, por meio de espectadores nas corridas e da cobertura da TV (não apenas da TV paga, mas também das grandes redes abertas), mais pessoas devem tomar conhecimento da marca; o nome Falken será reconhecido não só por fãs de importados asiáticos predominantemente jovens, loucos por drifting. Há também o fato de que competir nesse nível é um campo rico e fértil para pesquisa e desenvolvimento, com experiência e inovações chegando aos pneus de passeio. Há também, é claro, a diversão pura de correr com um Porsche na principal categoria de carros esportivos.

A Team Falken Porsche (TFP) está sediada em Fontana, no sul da Califórnia (convenientemente, Fontana é também onde fica o circuito Auto Club Speedway). Não seria estranho pensar que a transição do drifting para provas de endurance seja complicada, mas a Falken reuniu as pessoas certas. Assim como os pilotos Dominic Cicero e Bryan Sellers (ambos experientes no bólido de tração traseira), o manda-chuva usando os fones de ouvido é Rod Everett, um chefe de equipe muito experiente que conhece o mundo difícil das corridas da classe GT2 na ALMS. Kevin Jones é o supervisor da equipe e nossa fonte de informações de bastidores.

Pode também ser tentador supor que correr em endurance use menos jogos de pneus do que derrapar de lado continuamente. Mas esse não é bem o caso: as corridas da ALMS são mais longas e muita borracha é gasta em sessões de testes com diferentes construções e compostos sendo avaliados. Mas, pelo menos, o desgaste é mais ou menos uniforme nos quatro pneus.

A Porsche é nada menos que uma marca lendária no esporte a motor, especialmente em relação a Le Mans. Ainda assim, a TFP não está nem um pouco deslumbrada com essa herança dourada. Em vez disso, eles mostram o mesmo tipo de pragmatismo que ajudou a Porsche a pavimentar sua reputação. “O 911 é uma plataforma de competição comprovada que permite melhorias inquestionáveis no desenvolvimento de pneus. É uma referência em corridas”, afirma Jones. “E a Porsche Motorsport North America é vizinha da Falken Tire.

Isso facilita muito o apoio à engenharia e peças. Além disso, é o único fabricante que conhecemos com um caminhão de peças nas corridas da ALMS.” Não só isso como também essa parceria já foi vencedora. Na categoria Japanese Super Taikyu (pense em uma corrida de carros de passeio), a Falken Porsche levou a segunda colocação geral em 2003 e conquistou o campeonato geral em 2004 e 2005.

A velha máxima “não compre um supercarro a não ser que você possa bancar dois” é ainda mais válida em corridas. “Peças de reposição podem igualar ou exceder o valor do carro em si”, diz Jones. “Há ainda o trailer da corrida, o trailer de desenvolvimento de pneus, o equipamento dos boxes, ferramentas, funcionários e pilotos, taxas de inscrição, custos de testes... correr competitivamente com um carro por uma temporada inteira pode passar de três milhões de dólares.” Que é a previsão da Falken para 2010.

A equipe tem uma temporada truncada em 2009, correndo em Long Beach, Petit Le Mans e no campeonato Monterey Sports Car. O RSR se classificou em oitavo em Long Beach – sua primeira corrida – e andou forte, com os pneus lisos Azenis RT (especialmente desenvolvidos para esta categoria) aguentando bem. “O carro foi muito consistente por bastante tempo”, disse Sellers. “Eu consegui manter um ritmo constante durante toda a perna da corrida, nunca perdendo mais que quatro décimos por volta até que tivemos problemas com o câmbio.”

Paciência, coisas de corrida. No entanto, a equipe está otimista para o futuro. “Nós sempre nos preparamos para cada corrida, não importa em que categoria, para vencer”, afirma Jones. “Nós entramos na pista para competir no mais alto nível possível, sempre visando ao pódio.” É um jogo difícil, mas a TFP tem todas as chances de estourar o champanhe no ano que vem.

Os pilotos Cicero e Sellers trazem suas próprias bagagens. Piloto da Grand-Am e de pistas de rua, Cicero é conhecido por sua habilidade técnica de testar um carro e passar informações importantes para seus engenheiros. Sellers também já usou o cinto de segurança na Grand-Am e absorve informações como uma esponja.

O GT3 RSR vem de Stuttgart (Alemanha) pronto para correr, mas a Falken adicionou, naturalmente, telemetria em tempo real para monitorar a pressão e temperatura dos pneus. O verdadeiro fã da Porsche sabe que o GT3 RSR 2008 tem um motor boxer 3,8 litros de seis cilindros naturalmente aspirado. Neste carro, o motor é uma atualização disponibilizada no final da produção do modelo 2008 e o diâmetro dos cilindros foi aumentado para alcançar 4,0 litros d cilindrada. A potência e o torque agora estão na casa dos 456,4 cv e 43,8 kgfm.

A suspensão Sachs de fábrica foi reforçada com molas Eibach. Há diferentes regulagens de molas para as exigências específicas de cada pista, assim como as relações de marchas também mudam de corrida para corrida. O sistema de freios também foi trocado por um da "Performance Friction", empresa que fornece peças tanto para veículos de emergência quanto para a NASCAR. “A Performance Friction tem nos ajudado muito a desenvolver o carro”, afirma Jones.

Esses ajustes fizeram um grande carro ficar ainda melhor. “O RSR é, de longe, o melhor carro de gran-turismo que já dirigi. A Porsche fez um excelente trabalho no equilíbrio do carro todo e encontrou maneiras inovadoras de conseguir aderência aerodinâmica extra no carro. Você pode atrasar bastante a freada e manter muita velocidade no centro das curvas. A Falken fez seu dever de casa e nos deu um pneu que se adapta ao carro para máxima aderência”, afirma Sellers.

Cicero tem uma visão diferente: “O Falken RSR é como montar em um touro. Um rebelde – violentamente rápido e ligeiramente fora de controle. Eu sei que estou em uma boa volta quando o carro se mexe todo embaixo de mim e eu fico grudado no assento”. A ALMS acaba de se tornar ainda mais interessante.

fonte: revistaautoesporte.globo.com

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