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terça-feira, 29 de setembro de 2009

Aston Martin DBS Volante: eis o rei


Rasgando um trecho impossivelmente belo de asfalto britânico, a paisagem começa a parecer retirada das páginas de uma revista. Você começa a se perguntar se é real ou simplesmente uma manifestação do sono. Nós precisamos desesperadamente de um café, mas meu copiloto e eu nos recusamos a parar, com medo de toda a cena se evaporar. Beirando as centenas de quilômetros, meu colega decide que não aguenta mais. Nós vamos parar na próxima loja, uns 15 metros à nossa frente. A mordida dos gigantes freios de cerâmica parece parar o tempo; os próximos dois décimos de segundo passam em câmera lenta. Meus óculos de sol se ejetam do meu rosto e se batem entre o parabrisa e o painel.

Eles produzem um som de esmagamento caro. Embora não estejamos mais nos movendo, o Volante produziu uma espécie de onda de choque que atinge um grupo de árvores como um punho invisível. Até onde eu sei, podem bem ter sido as almas arrancadas de nossos corpos.


Sem brincadeira, o DBS Volante tem freios e tanto. É que ele precisa mesmo. Seu V12 de 517 cavalos produz cerca de 85 % de sua potência a meros 1500 rpm. Liberar a força do Volante é uma experiência verdadeiramente única, quase empatando com um lançamento de foguete. Na real, acho que esse 16º conversível da Aston Martin foi projetado para ilustrar a excelência do motor e dos chassis DBS. Não há nada mais comovente que um conversível, especialmente um que alcance os 305 km/h.

Obviamente, a equipe da Aston precisava de um teto super-robusto para tal máquina. Quando levantado, o teto de tecido de quatro camadas tem uma camada isolante adicional. O teto inteiro é aberto e escondido completamente em 14 segundos graças a uma nova bomba hidráulica de cinco pistões. O teto é guardado sob a nova tampa esculpida do compartimento traseiro, que também abriga os santantônios retráteis.


Sem dúvida, este é o mais refinado conversível no mundo, quase refinado demais. Viajando a mais de 140 km/h, eu consigo ouvir meu copiloto digerindo o café-da-manhã. Há coisas que não deveríamos ouvir. É hora de baixar a capota. Isso pode ser feito simplesmente reduzindo a velocidade para 65 km/h e apertando um botão – não é preciso encostar o carro e esperar.


Embora o DBS inicialmente tenha sido projetado como um cupê, a impressão é de que os rapazes da Aston tinham um conversível em mente desde o princípio. Exclusivo no DBS, uma linha se inicia na borda dianteira do capô, passa pelo parabrisa elegantemente inclinado, flui pela tampa do porta-malas e chega ao espoiler na traseira.

Como no DBS Cupê, a tampa do motor, os paralamas dianteiros e a tampa do porta-malas são feitos em fibra de carbono. A Aston Martin emprega uma tecnologia patenteada de “véu de superfície”, aplicando uma camada de cola epóxi de 200 mícrons sobre a fibra de carbono antes da aplicação manual de seis ou sete camadas de tinta. Ao contrário de produtos similares dos italianos (leia-se: Ferrari), você não verá a trama do carbono sob o acabamento. O interior do DBS é a cara da Aston Martin, o que significa um estilo incontestavelmente britânico. O motorista é confrontado com uma variedade de botões e interruptores que inicialmente são bastante intimidadores.

O Volante é um carro que precisa ser aprendido. Ainda que alguns zombem disso, eu acredito ser parte da mística da Aston. Materiais leves são usados por todo lado; os puxadores das portas são feitos de fibra de carbono e até mesmo o carpete foi tecido com fibras mais leves para aparar uns quilinhos.

Como o cupê, o Volante pode ser opcionalmente equipado com rodas de 20 polegadas de alumínio forjado e usinadas com diamante, disponíveis em acabamento prata ou grafite. Sob essas lindas rodas, ficam os freios de cerâmica que são padrão no Volante. A Aston refinou a matriz cerâmica para ser mais amigável e menos “grudenta” que sistemas semelhantes. Mas esteja avisado de que o acionamento completo desses freios pode rasgar a roupa do corpo e arrancar os botões. Acho que nunca na vida me diverti tanto com freios.

Impulsionado pelo mesmo motor V12 de 6 litros que equipa o cupê, o Volante produz 517 cv a 6500 rpm e o pico de seus 58 mkgf de torque ocorre aos 5750 rpm. Válvulas de desvio especiais no escapamento diminuem o barulho em baixas velocidades; elas se abrem aos 4000 rpm para reduzir a pressão do sistema, elevando a potência e criando um rugido divino.

O DBS Volante básico tem uma caixa de câmbio manual traseira de seis velocidades. Opcionalmente, pode ser instalado um câmbio automático Touchtronic com conversor de torque de seis velocidades. Fornecido como padrão, o sistema de som BeoSound do DBS, feito pela Bang & Olufsen, fornece uma experiência sonora inigualável para o motorista e passageiros. Com 13 alto-falantes individuais e um processador digital de sinais exclusivo, o sistema transforma o DBS Volante em uma sala de concertos virtual. O sistema combina acústica e fisicamente com o carro, com um design que segue a qualidade e “honestidade de materiais” inerentes ao interior. As grades dos alto-falantes têm acabamento de alumínio com contorno suave que se integra perfeitamente às curvas da cabine
Derivado do mesmo eixo transversal ZF desenvolvido para o DB9, o sistema foi significativamente modificado para acomodar as características de potência e desempenho do DBS. Quando o modo Drive está selecionado, o acionamento de qualquer uma das alavancas de liga de magnésio revestidas em couro instaladas na coluna de direção ativa o modo Touchtronic, permitindo ao motorista controlar as mudanças de marcha manualmente. O modo Touchtronic também pode ser selecionado diretamente ao se ligar o motor. A opção Sport incorpora mapas de aceleração e câmbio mais ágil e empresta uma personalidade decididamente maligna ao Volante. Eu o batizei “modo hooligan”, já que minha direção tornou-se cada vez mais agressiva.
O Volante é baseado na plataforma VH (vertical-horizontal) da Aston, composta de subestruturas de alumínio interligadas. Enquanto isso funciona brilhantemente no DBS Cupê, foi necessário bastante desenvolvimento para manter a rigidez no conversível. O Volante tem painéis reforçados especiais dianteiros e traseiros e uma subestrutura traseira revisada que manteria 75 % da rigidez dos chassis. Na prática, o único lugar onde você pode sentir falta do teto rígido é fazendo uma curva de lado numa pista de corrida a quase 300 km/h. Mas você tem um carro especial para isso, então não chega a ser um problema.


O DBS utiliza o Adaptive Damping System (Sistema de Amortecimento Adaptativo) da própria Aston especialmente regulado para o Volante. As configurações dos amortecedores são determinadas por uma centralina que faz leituras de sensores de posição do acelerador, posição do freio, giro do volante e velocidade do veículo. O controle de estabilidade da Aston está presente, se for necessário, mas você pode desligá-lo completamente.


Um amigo me pediu para comparar o DBS Volante com outros carros, e talvez lhe dar algumas opções. A verdade é que não há similares a ele. Este carro é uma experiência genuinamente única, que alia a manufatura tradicional à última palavra em tecnologia. Não se trata tanto da potência ou da velocidade que o carro tem, mas sim da forma como ele apresenta tal desempenho.

fonte: autoesporte.com

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