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segunda-feira, 25 de maio de 2009

Jaguar XFR 2010: relembrando os bons tempos da marca


Sedã esportivo deverá ser vendido no Brasil a partir de agosto

Mike Driscoll, diretor geral da Jaguar, tem sido um homem feliz ultimamente. Claro, a marca inglesa está tão suscetível à crise econômica global quanto a qualquer outra fabricante de artigos de luxo, mas os olhos do executivo brilham enquanto ele explica que toda a linha Jaguar está passando por uma verdadeira metamorfose que começou em janeiro do ano passado e que terminará em dezembro. O novo sedã de luxo XJ será um marco no segmento e estará à venda nos Estados Unidos no fim do ano e o XF conta com um novo V8 (assim como o XK cupê e conversível), que também equipa a versão esportiva XFR com um compressor volumétrico.

O XFR deve chegar ao mercado brasileiro em agosto e marca uma nova era que quebra o longo período em que os alemães concorrentes dominaram o segmento de sedãs esportivos. O descontinuado modelo S-Type R tinha lá seu charme, mas quando o assunto é força bruta, prestígio e desempenho, ele fica fora do páreo duro encabeçado por BMW M5, Mercedes-Benz Classe AMG e Audi S6, além do Cadillac CTS-V. Mas o XFR é um carro bem autêntico e tem aura própria. Não se comporta como um modelo inglês, tentando ser melhor que os rivais germânicos, mas apenas mantém as peculiaridades do XF, um dos sedãs que admiramos e incluímos na nossa lista dos melhores do ano. Nessa versão esportiva, além de entregar mais desempenho, não deixa de ser confortável.

Sua veia esportiva fica evidente por detalhes, como as rodas de aro 20”, quatro saídas de escapamento, além de apêndices aerodinâmicos, como os defletores de ar laterais. Diferente também é a grade dianteira, toda cromada, assim como as entradas de ar laterais para refrigerar os freios e ainda as aberturas no capô para alimentar o compressor do V8 que fica acoplado a um câmbio ZF de seis marchas que pode ser comandado por hastes atrás do volante. Por dentro, o XFR vem com bancos com largos apoios laterais e regulagem elétrica, ponteiros vermelhos na instrumentação, discretos logotipos R no painel e algumas combinações de cores exclusivas.

Saindo do norte de Sevilha, na Espanha, indo para as montanhas da Sierra Morena, selecionamos o modo Dinâmico, uma escolha que foi confirmada pela bandeira quadriculada que aparece no painel de instrumentos e que despeja a força do motor de maneira mais agressiva, entre outras respostas no mesmo tom, como o da suspensão, que fica mais rígida e da direção, que passa a ficar mais direta que o normal. O seletor de marchas giratório é um dos detalhes bastante prático, que também facilita a pilotagem. Logo de cara você nota as diferenças entre o XF e essa versão mais apimentada. Caminho aberto pela frente e a suspensão 30% mais firme vai dando conta do recado. E notamos rapidamente a reação instantânea ao pisar no acelerador e a forma visceral que os 63,8 kgfm de torque são transmitidos para as rodas. Pise fundo e ouça o ronco metálico do V8, com uma sonoridade tão agradável que você vai esquecer que existe um compressor debaixo do capô.

Mas quando você enfrenta trechos sinuosos e longas retas, como as da Sierra Norte Natural, é que aproveita toda boa disposição desse Jaguar. Aperte a haste do lado esquerdo do volante e provocará uma redução de marcha cujo efeito sonoro vai ricochetear nas enormes árvores e pastos pelo caminho. O ponteiro do contagiros vai até 7.000 rpm fazendo aquela bandeira quadriculada no painel brilhar na cor amarela, pedindo para você trocar de marcha. Você atente ao pedido, o Jaguar dá o bote e você percebe que não foi apenas um desejo bobo ou o espírito do Sir William Lyons (fundador da marca) que te levam em direção ao horizonte, mas um conjunto primoroso de um sedã com um acerto de chassi perfeito, capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em meros 4,7 segundos. Aquelas curvas descendo a montanha são contornadas rápido, muito rápido, e os muros de pedras vermelhas alertam para frear os 1.891 kg do XFR. Ainda bem que os freios com pinças de cinco pistões dão conta do recado. Quem conhece algum outro sedã da marca inglesa capaz de ser tão emocionante assim?

Aliás, esses freios também vieram a calhar no Circuito Monteblanco, perto da cidade espanhola de Huelva, onde o XFR alcançou 225 km/h no final da reta antes de uma curva fechada à direita. Na pista é que também deu para testar o estágio intermediário do controle eletrônico de estabilidade, que deixa o carro sair um pouco de traseira, mas sem deixar de monitorar o comportamento do sedã por completo. Sob o controle da indiana Tata Motors (fabricante do pequeno modelo Nano), a marca parece que vai aproveitar a experiência do passado, mas olhará para frente com muita liberdade de criar, o que deverá fazê-la a ocupar um lugar de destaque entre as fabricantes de modelos de luxo. E deixar os erros do passado sendo vistos cada vez mais longe pelo retrovisor.


fonte:revistaautoesporte.globo.com

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